Gosto muito dos pintores surrealistas e tenho Salvador Dali como o meu favorito, no entanto, René Magritte também me ocupa o pensamento. Adoro a forma como trabalharam com a fronteira
entre o real e o impossível.
“Ceci n’est pas une pipe” (“Isto não é um cachimbo”) é uma das obras mais famosas do pintor surrealista René Magritte.
Ficamos no mínimo pensativos com o que observamos, pois a mensagem parece contradizer o que os nossos olhos observam. E ficamos confusos.
Parece que a resposta ao que questionamos está no próprio título da obra, que ao contrário do que alguns pensam não é "Ceci n'est pas une pipe", mas antes "La trahison des images", com a qual o autor pretende mostrar que o que vemos não é um cachimbo real, mas a representação de um cachimbo. A imagem é só um signo, um símbolo, e não “a coisa em si”. Magrite só estava a mostrar-nos o óbvio: que estamos perante uma representação e não um objeto.
E eu acrescento: tantas vezes somos confrontados com representações que nos limitam a alcançar o óbvio, que deveríamos refletir sobre se nos estamos realmente a centrar no essencial ou apenas no acessório. Há que pensar!
Muito haveria ainda a acrescentar sobre o surrealismo, Magritte, a arte ou a semiótica, mas apenas quis evocar algo que considero interessante:)
Sem comentários:
Enviar um comentário